Já alguma vez estragaram
irremediavelmente o vosso cabelo?
Tiveram de cortar pelos ombros (e thank God está bem ‘in’) porque não aguentavam
ver-se com aquele cabelo tipo palha ao espelho?
Pois bem, a Joana teve um 2015 de experiências estéticas aterradoras irrepetíveis,
e o cabelo não foi exceção.
Como se não bastasse ter estragado as unhas, ter-me queimado com a depilação a
laser, a Joana ainda fritou o cabelo todo com uma tentativa falhada de
californianas subidas ou ombré.
Isto porque, pelo Verão lá-me resolvi sucumbir
à moda das californianas, e após uma tentativa subtil, que resultou bem,
decidiu mandar-se de cabeça para um ombré marcado e subido.
Onde é que estava o meu anjo da guarda nesse dia? Devia estar bêbado ou de
ressaca, o filho da mãe (LOL).
Após ter decidido fazer um ombré asério, o meu irmão convidou-me para ir à Escola
Europeia de Estética, em Alcântara (Lisboa) onde decorria um curso de
cabeleireiro, na qual estava inscrito o meu irmão e uma amiga, para que a FORMADORA
me fizesse um ombré durante uma aula.
E lá foi a Joana. A formadora
mostrou-me fotos e vídeos de trabalhos anteriores feitos pelos alunos, mas eu
ia ser a demonstração da FORMADORA aos seus próprios alunos…
E sabem que mais? Antes tivessem sido
os alunos a fazer-me o ombré.
Ela ao misturar o descolorante, foi
interrompida por uma aluna que reparou que a quantidade não estava
proporcionalmente correta, mas a Formadora fundamentou a sua decisão e ainda
olhou com cara feia para a dita aluna.
E 7 minutos, foi o necessário para o
meu cabelo passar de um castanho escuro (tipo 4) para branco.
Comecei a sentir a cabeça a ficar
quente e avisei a Formadora, ao que ela me respondeu que era impressão minha
porque sendo o meu cabelo virgem ia demorar muito “a abrir”.
Dois minutos depois, começo a sentir vapor
ou fumo a sair da prata. Chamei o meu irmão, e, quando este levantou a prata, o meu
cabelo já estava branco. BRANCO!
A Formadora mandou-me logo para o lavatório de lavagem, e todos na sala ficámos
em silencio a observar o sucedido.
Os alunos todos à volta do lavatório a olharem assustados, a aprender o "Como não Fazer um Ombré", ao vivo e a cores.
Pintou-me o cabelo de seguida, mas já era tarde: tinha o cabelo todo acabado com
aquela brincadeira.
É claro que não reclamei, porque o meu
irmão era formando dela e na avaliação iria sair prejudicado.
É claro, que
sendo eu advogada queria socorrer-me de todas as possibilidades (ainda que
poucas quando comparadas com outro tipo de responsabilidades profissionais) que
me assistiam.
Mas não o fiz.
Eu sei que não paguei pelo serviço, mas isso não
lhe legitima a prejudicar-me impunemente.
Eu sei que aceitei fazer o ombré numa
escola, mas ela é uma profissional (e não uma formanda), significa isso que tem
deveres e responsabilidades, ali ou no salão dela.
E também sei que, não fui
obrigada a ir ali, fui eu que aceitei um convite e fui, mas eu não consenti que
ela me estragasse o cabelo, até porque não fui informada que era nessa
possibilidade que estava a consentir.
No fim, e nos dias subsequentes, em que o meu irmão se sentiu profundamente arrependido
e culpado de ter sugerido à Formadora que fosse eu a demonstração, ela alegou
que EU é que devia saber que o meu cabelo “abre depressa”.
Sim, EU, que nunca pintei/descolorei o meu cabelo, é que devia, no fundo
adivinhar, que o meu cabelo “abre depressa”.
Não ela, profissional e formadora.
É que se eu soubesse pintar/descolorar, não estaria ali, faria em casa. E não são os clientes que têm de garantir os resultados.
Ainda para mais quando a tinha alertado para o facto de estar a sentir a cabeça
a ficar quente.
Resultado: tive de cortar o cabelo pelos ombros, pintar várias vezes de
castanho escuro, porque o cabelo 'cospe' toda a tinta e fica
amarelado/cinzento/sei lá o quê.
P.S. – O meu irmão foi proposto
mais cedo que os outros colegas a exame final, e passou (aka, livraram-se o mais rápido dele).
P.S. 1 – Da turma do meu irmão mais ninguém quis levar cobaias, passaram a
praticar só em cabeças artificiais, pois ficaram chocados com o sucedido e com
a maneira como ela ‘resolveu’ a questão (…)
E, é isto que temos.
Como voltar a confiar num cabeleireiro depois disto?
É que desde os cortes exagerados (a 'régua' deles tende a ser diferente do resto das pessoas) a experiências destas, eu NUNCA encontrei um cabeleireiro que eu dissesse:
- só confio no meu cabeleireiro;
- só entrego o meu cabelo nas mãos do meu cabeleireiro;
- sei que não me vou arrepender;
- deixo que ele sugira e que faça o que quiser; ou,
- não o troco o meu cabeleireiro por nada.
Se já encontraste essa pessoa, conta-me, preciso de restaurar a fé nesta espécie! <3