quarta-feira, 20 de abril de 2016

Ascite - A doença que matou a minha Yorkshire Terrier e o veterinário deixou




A Sasha faleceu na madrugada de dia 13.04.2016, após, exatamente um mês e sete dias, de idas constantes ao veterinário.

Como já disse, a Sasha sempre foi saudável e nunca tivemos de ir ao veterinário que não fosse para vacinar ou tosquiar.
Porém, no dia 04.03 a Sasha começou a ficar muito sossegada, o que não era nada normal nela .
No primeiro dia achei que era impressão minha, no segundo comecei a ficar mais atenta, e no terceiro (06.03) tivemos de a levar de manha ao veterinário.
Era domingo, a sasha respirava de forma estranha (como se tivesse constipada) e não queria levantar-se da cama.
Desde o início que detetaram que ela teria liquido nos pulmões e no abdómen.
A Sasha ficou internada nessa noite, mas só para observação.
Ao longo de um mês fizeram análises a tudo, r-x, ecografias, retiraram amostras do tal liquido para análise, pulsaram o liquido para que diminuísse, e a medicação era alterada cada vez que lá íamos.
A Sasha, desde a primeira e única alta (ou seja, desde a primeira ida ao veterinário) que se mostrava bem disposta, comia, fazia imenso xixi (por causa do diurético que lhe prescreveram) brincava, fazia tudo normal.
Sempre nos foi dito, que era questão de encontrar a origem do liquido, de modo a prescrever a medicação correta, em vez da medicaçao preventiva que lhe estavam a dar.
Tratava-se de 'qualidade de vida', nas palavras delas, nunca de uma questão de vida.
Na segunda semana nem medicação lhe dei, pois já não tinha liquido absolutamente nenhum (de acordo com as análises), e estava super bem disposta.
Pontualmente ficava mais cabisbaixa e lá íamos para o veterinário, e apenas lhe mudavam a medicação.
No total fomos 9 vezes ao veterinário e gastámos €861,46.
A Clínica é o PET24H de Alfragide, que não recomendo a ninguém!
Desde a segunda ida ao veterinário, que sentíamos e diziam-nos que não sabiam o que ela tinha.
Sentimos que andavam a “experimentar” a Sasha.
A equipa deve ter umas 7 médicas e não sei quantos enfermeiros/auxiliares, que são sempre diferentes.
O preço que nos indicavam apenas UMA vez bateu certo com o preço que pagava no fim, havia sempre medicamentos e procedimentos que somavam à conta, e que obviamente não podia controlar se foram feitos ou não.
Mas o que podia fazer? Não sou médica, muito menos veterinária, a minha área não é saúde, restava-me acreditar no profissionalismo deles, que por certo saberiam o que estariam a fazer.
Paralelamente, liamos tudo o que havia para ler na Internet e tentávamos perceber a opinião das pessoas sobre a clinica em questão.
Nunca me forneciam os exames, alguns, como o caso da ecografia, se quisesse ter o relatório tinha de pagar mais 10€. Achei um absurdo.
Reparem que este mês foi só de exames, ou seja, estivemos sempre no plano do diagnostico, a Sasha nunca chegou à fase de tratamento.
Enquanto isso, eu ia suportando custas medicas, exames e medicação (cujas caixas estão quase cheias), sempre que lá ia mudavam.
A dada altura, percebemos que já não era normal.
O comportamento de algumas funcionarias era estranhíssimo, como por exemplo uma disse-me: “Bom dia, o que precisa?” respondi “A minha cadela está doente vem fazer mais análises”, e ela respondeu ”Tem de a trazer cá”.
A cadela estava ao meu colo, pelo que tive de responder em jeito de brincadeira “Acha que vinha fazer-lhe exames sem a trazer?!”.
Ou quando uma outra funcionária empurrou uma folha de adoção contra o meu braço, completamente do nada e sem nunca ter trocado uma palavra com ela, e comentou “Secalhar vai precisar de adotar”. Prefiro nem comentar esta observação.
Marcámos consulta em outros veterinários (incluindo o do Restelo, pois já estávamos por tudo).
Contudo, a Sasha nas últimas duas semanas começou a ficar mais vezes quieta do que agitada, começou a cair-lhe o pelo, e deixou de comer a raçao. Achámos que estava a fazer manha, porque é muito mais saboroso comer a dieta (arroz, frango, claras de ovo, e patés feitos pela Clinica).
Mas não.
Sempre que lá ia avisava, mas respondiam-me que era por estar doente, era desconforto, diziam.
O estômago estava hiperdilatado, mas era ‘normal’, diziam.
No último dia da vida dela (12.04), ela esteve o dia todo no veterinário a fazer exames. Venderam-me um pack de medicação para trinta dias (54€), marcamos biopsia ao fígado (não tinham a certeza se seria este o órgão, pelo que equacionavam ter de fazer aos rins também) e mandaram-na para casa.
A cadela estava tão infeliz e com tão mau aspeto que perguntei expressamente ao vê-la: “é uma questão de vida ou qualidade de vida? É que ela está cada vez pior”. E a médica daquele dia disse que era de qualidade de vida, havíamos de encontrar a origem do problema para que pudesse ser tratado adequadamente, aquela medicaçao que ela usava não era tratamento, era para a manter até descobrirmos.
A Sasha não durou 6h, depois desta conversa.
Liguei em pânico quando a encontramos morta na manha seguinte, e do outro lado percebi a perplexidade da funcionaria.
Decidi ir la para me certificar se estaria morta, pois podia ser uma paragem ou algo assim (acreditamos até à ultima, certo?).
Levaram-na para dentro, mas conseguia ve-los pela montra, ficaram a falar uns com os outros, e uma das medicas veio ca fora dizer-me que era espectável.
Ai era?! Incrível !
Pior, mais tarde, nesse mesmo dia (da morte dela) ligaram-me à tarde a dizer que “Embora já não adiantasse, as analises ao sangue do dia anterior revelaram que estava tudo normal para que pudesse fazer a biopsia, e que provavelmente iriam começar por fazer biópsia ao fígado”. Petrificada respondi ‘ok’. E do outro lado? “Uma boa tarde”.
Nunca ninguém naquele veterinario lamentou a perda da sasha.

A sasha tinha Ascite, de origem hepática (fígado). Percebemos depois da morte dela.
Só há registo de um cão ter sobrevivido, todos morrem até dois meses depois do diagnostico.
Preferia que o último mês da vida dela fosse de amor, se me tivessem dito que era isso que ela tinha, e este o desfecho.

Adeus meu amor <3


terça-feira, 19 de abril de 2016

Dias de Luto - A minha cãopanheira faleceu



Era muito nova quando experienciei a morte de uma pessoa muito próxima (e familiar).
Hoje tenho 24 anos e não sei como lidar com a perda.
Ninguém sabe, muito menos eu.
Os meus últimos 8 anos foram vividos com a Sasha - a melhor companheira canina.
Nos piores e melhores momentos da minha vida, quem estava lá? A Sasha. Sempre a Sasha.
Parece cliché, eu sei!
Esteve comigo na separação dos meus pais, na loucura dos meus pais, na minha estadia sozinha sem os meus pais, no inicio e fim da minha relação mais longa (6 anos), salvou-me num assalto à minha casa, assistiu à entrada para a faculdade, formatura, mestrado, mercado de trabalho, passagem na ordem de advogados, à melhor fase amorosa da minha vida, e em geral à loucura que às vezes é a minha vida.
E, infelizmente não chegou a assistir às próximas conquistas: mudar de casa e casar.
Mas não podia ter acolhido melhor cadela. O meu querido avô não me podia ter proporcionado melhor companheira.
A Sasha era uma Yorkshire Terrier, no verdadeiro termo da palavra pois tinha apenas 2kg, com as cores e pelagem típica.
Era com orgulho que recebia os elogios de que a minha cadela era "mesmo pura" e "das mais bonitas da espécie".
Mas não era isso que a distinguia.
A Sasha era uma cadela especial - embora todos achem o mesmo dos seus bichos.
Podia descorrer sobre a paixão (mesmo!) dela por bolas - como toda a gente a conhecia -; a sua paranóia por barulhos, nomeadamente de jambé, mas também de pássaros, campainha, trovoada, bolas, maquina de lavar roupa, entre outros; o facto de não se particularmente fã de crianças, e idolatrar idosos; o fascínio com certos lugares, como apenas uma das minhas mesas de cabeceira; o som que produzia quando estava a sonhar ou a acordar/lamber-se; ou até o saltinho parvo no último degrau de cada escada.
Eu e o João (o meu namorado, prazer!) falamos muito sobre como nada disto vai ser esquecido, feliz e infelizmente.
E sobre como vamos conseguir ultrapassar a sufocante ausência dela.
Esta semana que está quase a perfazer tem sido de dias de chuva (lá fora) e nevoeiro e dormencia cá dentro.
Sinto-me a flutuar, não consigo trabalhar, sair ou fazer nada.

O mais doloroso? O modo como faleceu - completamente sozinha na sala da minha casa!
Conto-vos tudo no próximo post!

Até lá, amem os vossos TODOS OS DIAS <3

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Reeducação Alimentar - Quero viver muito ainda

Tal como prometido, hoje venho falar-vos da minha reeducação alimentar.


Já vos contei num post anterior que sempre fui magra, até mais do que queria.

Este ano isso mudou, de repente tinha mais quase 7kg.
E a barriguinha que ia aparecendo ao longo do dia (inchaço abdominal), agora começa logo pela manhã.
Decidi que tinha de perceber o problema da barriga e controlar o novo peso.
Aliado a isso a minha alimentação e a entrada no mercado do trabalho pós-mestrado, faz-me estar sentada a enfardar 9h, por dia.
Não que queira começar a correr a meia maratona (aliás, odeio corrida).
Quero viver até aos 90, acho que nunca o mencionei aqui.
Quero ter saúde na idade, em que mais tempo livre vou ter. Para aproveitar mais e melhor.
Até lá quero que, igualmente, o meu percurso seja com o menor numero de sustos possíveis.
O meu avô materno (que tanto amo) é o melhor exemplo que tenho, de tudo, e também no que toca a saúde e estilo de vida.
Decidi em Novembro do ano passado começar a  fazer exercício regular, tipo 5 dias por semana, mas práticas leves.
Tem sido bem fácil até. Talvez até volte para o ginásio.
Ah, e dia 25 tenho a minha primeira corrida (que detesto), sem objetivos, só para experimentar e fazer algum exercício com os amigos no feriado.
A parte mais complicada tem sido a alimentação.
Sempre comi o que quis, na quantidade que quis e nunca engordei. Juro-vos.
Agora é-me difícil adaptar ao novo registo.
Sempre tive uma alimentação muito diversificada, e acho que parte do equilíbrio vinha daí (o resto devia ser o metabolismo, a idade e a herança genética).
Essencialmente, tentei (sim, porque ainda não consegui) retirar os hidratos à noite, reduzir ao máximo açúcar e sal, bem como ingerir mais água e fazer mais refeições.
Isto é uma primeira etapa, o objetivo é mais ambicioso. Mas para ser bem sucedido, quero começar devagar.
Só falta reduzir ainda mais o sal e tirar os hidratos à noite. Só que como ainda vivo com a minha mãe, e ela de momento está em casa de baixa, é ela que cozinha sempre. E esqueçam, só piora a tarefa de não comer hidratos.
Acho que este passo só vou alcançar quando me mudar LOL
Escolhi o fim de semana para comer livremente, mas sem exageros. Caso contrário acho que deixava de ter vida social. Também é uma questão de não sermos obcecados com nada. Tudo com moderação.
De momento estou a refletir sobre fazer ou não um teste de intolerância alimentar, será o próximo post deste assunto.

Aqui ficam os produtos que mais uso na minha alimentação.









Só me falta encontrar um substituto para o leite, que adoro! Não sei como prescindir.
Adaptei-me ao leite sem lactose da mimosa, mas é caríssimo (1,80€ por cada litro), além de que existe toda uma discussão à volta do leite.
Contudo, detestei leite de soja e de arroz.

<3


A saber:
Gelatina Linea 0% da Royal
Iogurte Grego Ligeiro de Morando da Milbona (LIDL)
Queijo Fresco da Goldessa (LIDL)
Chocolate Negro/Preto 74% Cacau
Queijo Quark da Linessa (LIDL)
Sementes de Chia da Seara
Chá Verde da Tettley
Iogurtes Natural Slim 0% (Continente)
Stevia da Canderel
Gelatina de Iogurte da Danone, I love Corpos Danone
Tostas de Milho
Bolachas Marinheiras de Chia
Gelado Pura Vida (Pingo Doce)
Leite Magro Bem Essencial Sem Lactose da Mimosa
Leite de Soja e Arroz da Gutbio (ALDI)
Leite de Soja Natural da Soy Pro (ALDI)