terça-feira, 19 de abril de 2016

Dias de Luto - A minha cãopanheira faleceu



Era muito nova quando experienciei a morte de uma pessoa muito próxima (e familiar).
Hoje tenho 24 anos e não sei como lidar com a perda.
Ninguém sabe, muito menos eu.
Os meus últimos 8 anos foram vividos com a Sasha - a melhor companheira canina.
Nos piores e melhores momentos da minha vida, quem estava lá? A Sasha. Sempre a Sasha.
Parece cliché, eu sei!
Esteve comigo na separação dos meus pais, na loucura dos meus pais, na minha estadia sozinha sem os meus pais, no inicio e fim da minha relação mais longa (6 anos), salvou-me num assalto à minha casa, assistiu à entrada para a faculdade, formatura, mestrado, mercado de trabalho, passagem na ordem de advogados, à melhor fase amorosa da minha vida, e em geral à loucura que às vezes é a minha vida.
E, infelizmente não chegou a assistir às próximas conquistas: mudar de casa e casar.
Mas não podia ter acolhido melhor cadela. O meu querido avô não me podia ter proporcionado melhor companheira.
A Sasha era uma Yorkshire Terrier, no verdadeiro termo da palavra pois tinha apenas 2kg, com as cores e pelagem típica.
Era com orgulho que recebia os elogios de que a minha cadela era "mesmo pura" e "das mais bonitas da espécie".
Mas não era isso que a distinguia.
A Sasha era uma cadela especial - embora todos achem o mesmo dos seus bichos.
Podia descorrer sobre a paixão (mesmo!) dela por bolas - como toda a gente a conhecia -; a sua paranóia por barulhos, nomeadamente de jambé, mas também de pássaros, campainha, trovoada, bolas, maquina de lavar roupa, entre outros; o facto de não se particularmente fã de crianças, e idolatrar idosos; o fascínio com certos lugares, como apenas uma das minhas mesas de cabeceira; o som que produzia quando estava a sonhar ou a acordar/lamber-se; ou até o saltinho parvo no último degrau de cada escada.
Eu e o João (o meu namorado, prazer!) falamos muito sobre como nada disto vai ser esquecido, feliz e infelizmente.
E sobre como vamos conseguir ultrapassar a sufocante ausência dela.
Esta semana que está quase a perfazer tem sido de dias de chuva (lá fora) e nevoeiro e dormencia cá dentro.
Sinto-me a flutuar, não consigo trabalhar, sair ou fazer nada.

O mais doloroso? O modo como faleceu - completamente sozinha na sala da minha casa!
Conto-vos tudo no próximo post!

Até lá, amem os vossos TODOS OS DIAS <3

3 comentários:

  1. Também perdi a minha gata recentemente e doeu muito, não é fácil de todo... nem sequer há palavras de alívio que possa dizer... apenas força :) tens uma estrelinha lá em cima a torcer por ti.

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    1. Obrigadaa na mesma! São dias muito difíceis, só quem os ama consegue entender. Obrigada pelo carinho!
      Beijinhos e força também *

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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